terça-feira, 29 de julho de 2008

JAZZ em verde e amarelo com sabor de fruta tropical



Adentrando um universo sonoro que parece um tanto desconhecido para alguns, pelo menos está um pouco distante das baladas radiofônicas ou talvez da vitrola dos roqueiros de plantão, apresento-lhes o samba chorado e o choro por vezes sambado de João Donato e Paulo Moura em “dois panos para manga”.
As composições do álbum são diversificadas, um pouco dos dois panos, lógico, mas entremeado por releituras de clássicos como dos irmãos Gershwin e do popular Harold Arlen, tudo isso regado por arranjos surpreendentemente simples com acordes suaves e melodiosos.
Quando ouço, me faz lembrar férias de verão, cheiro de brisa e mar, descanso na rede e suco de cajá. Um encontro ao acaso, mistura de piano e clarinete dando o ar da graça brasileira em repertório pra jazzista algum botar defeito.
Para ouvir, clique no link abaixo:
http://rapidshare.com/files/94546140/UQT2006_Joao_Donato_e_Paulo_Moura_-_Dois_Panos_Para_a_Manga.rar

sábado, 19 de julho de 2008

ignorância pura



Imagino o quanto vocês apostaram sobre minha primeira postagem... Não se enganaram... não sou tão imprevisível assim e certamente vão ter a Núbia que conhecem. Passada a semana do rock porém, e devido a excessiva exposição a outros gêneros musicais que não este, devo dizer que algo em mim se tornou intolerante. Um pouco de metal, muita ignorância. É o sexto álbum da banda do Texas Pantera. São: Phil Anselmo - vocal; Darrel Abbott - guitarra;Rex Brown - baixo e Vinnie Paul na bateria
É pra mergulhar... poderia dançar, danço sempre que escuto, com certeza. Danço como se dança na Cidade. Walk!!!
Pra ouvir: http://rapidshare.com/files/130970940/Pantera.rar.html

terça-feira, 8 de julho de 2008

As majestades


Outro dia, lendo uma entrevista do velho Keith pra Mojo, ficou-me na cabeça uma frase interessante do mestre: “O rock é fácil, já o roll é outra história”.

O termo “rock n’ roll” veio do movimento sacana que as negras americanas faziam dançando ao som daquela mistura de acordes do blues com o compasso do country. O “rock” era o lance de agitar, já o “roll” era o balanço com os quadris.

Strokes, Libertines, Arctic Monkeys... A cada banda recém chegada para “salvar” o rock fico esperando aquele “algo mais”; aquela vibração que te leva à vontade de empunhar sua guitarra invisível na hora do solo e tomar um generoso gole de cerveja na hora do riff. É justo o tal do “roll” faltando.

Let it Bleed, álbum que escolhi para minha primeira postagem, não é o melhor disco dos Stones, mas penso que ele é o mais Stones de todos os álbuns da banda. A poderosa pegada blueseira de Midnight Rambler, o lamento azarado de Love in Vain , o som apocalíptico da introdução de Gimme Shelter e o encerramento com a pulsação melancólica de You Can’t Always Get ... está tudo lá: rock, com roll e tudo mais.

O som dos Stones não redefiniu a música pop como o dos Beatles, não tem a profundidade de um Pink Floyd e, nem de longe, a técnica de um Led Zeppelin. Então, o que os torna a maior banda do mundo?

Fato: é só rock n’ roll...

Acontece que esses cavalheiros gostam um bocado desse negócio.

Deixe sangrar.

PS: Desculpem-me pelo primeiro post tão óbvio. Esse velho coração stoniano bateu forte na hora de escrever.

Para baixar:
http://rapidshare.com/files/126006004/sonzeirananet_trs_1969_libleed.rar

sábado, 5 de julho de 2008

What a SUMMIT !


De fato, fora una Reunión Cumbre quando, no outono de 1974, o bandoneon de Astor Piazzolla foi ao encontro do sax barítono do jazzista Gerry Mulligan, no inspirador cenário italiano.

Mulligan estava passeando pela Itália quando por ocasião encontrou-se com o produtor e editor de Astor Piazzolla, Aldo Pagani. Ao ouvir o ultimo disco gravado por Piazzolla na época ("Libertango"), o jazzista se encanta pelo som e rapidamente Pagani sugere a Reunión.

Após longas conversas, algumas viagens e andanças pelas ruas da capital italiana, Astor tem em mãos sete das oito composições que enfim foram gravadas em LP durante sete sessões, nos estúdios Mondial Sound, na cidade de Milão. A oitava música que completa o repertório de Summit foi concessão quase que piedosa do imenso ego de Astor a Gerry. O combinado entre os astros fora que cada um escreveria metade das canções do álbum, porém as composições do jazzista americano não passaram pelo perfeccionismo genioso do argentino, que o acusara de não saber ler ou escrever música. Convencido por seu produtor, Astor dá passagem apenas a “Aire de Buenos Aires”, única composição de Gerry Mulligan no disco. Inspiradíssimos, as belas composições de Piazzolla e os adocicados solos de Mulligan emocionam e a grande amizade repercute, ao final, em memoráveis parcerias nos palcos de alguns países Europeus.

Entre farpas e arranjos refinados, o resultado foi uma suave e sensual combinação da então chamada “música nova de Buenos Aires” de Astor e do melancólico cool jazz de Gerry, tão bem marcada em faixas como “twenty years ago” e “years of solitude”.

Há quem diga que o disco foi uma ´boa idéia que não se concretizou´, eu diria que não só se concretizou que nem parece tão surpreendente. A afinada e magistral “química” dos sons emitidos, especialmente em “Summit” e “Deus xango”, é a prova de uma mistura tão pura que parece já ter nascido junta.

Just close your eyes and listen…




Faixas do álbum:

1. Twenty Years Ago
2. Close Your Eyes and Listen
3. Years of Solitude
4. Deus Xango
5. Twenty Years After
6. Aire de Buenos Aires
7. Reminiscence
8. Summit




Para baixar o disco, clique no link abaixo:
http://rapidshare.com/files/40042569/Astor_Piazzolla___Gerry_Mulligan__Reunion_Cumbre_.rar